- terça, 29 de abril de 2025
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Os parasitas estão entre os problemas sanitários de maior importância na pecuária. Segundo um estudo publicado pela Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, foi comprovado que os parasitas internos (vermes) e externos (principalmente carrapatos, bernes e mosca-dos-chifres) causam prejuÃzos próximos a R$ 70 bilhões por ano no Brasil. "Esses problemas também podem chegar a 20% de diminuição no ganho de peso dos animais, com prejuÃzos de 20 a 60kg por animal", informa o médico-veterinário Fernando Santos, gerente de vendas de grandes animais da Syntec do Brasil.
"As verminoses subclÃnicas equivalem de 90% a 98% dos casos, não apresentam sinais evidentes e tÃpicos de uma verminose, dificultado a detecção, aumentando os prejuÃzos. Dos carrapatos, 95% estão nos pastos, então normalmente o que nós conseguimos ver representa apenas 5% do problema", comenta o veterinário. De 2 a 10% dos casos que demonstram sinais clÃnicos, é possÃvel observar: perda de peso, diarreia, pelos sem brilho e quebradiços, comprometimento do couro e estresse.
Santos ressalta que "é essencial fazer o controle estratégico dos vermes e carrapatos, onde é realizado um protocolo antiparasitário antes que exista uma alta carga parasitária, prevenindo grandes infestações no rebanho e controlando a incidência dos carrapatos e parasitas internos, dessa forma, estamos trabalhando com uma medida preventiva, para reduzir o volume de parasitas do animal e consequentemente, mantermos controlada a carga parasitária nos pastos também".
O veterinário reforça que os protocolos de controle estratégico são personalizados. "É preciso avaliar individualmente cada propriedade, qual a região, quais os desafios, o rebanho, para ser proposto um protocolo personalizado para a realidade daquela propriedade em especÃfico. No caso dos parasitas internos, é interessante iniciar o controle no inÃcio do perÃodo seco. Como recomendação geral, o ideal é fazer a vermifugação no inÃcio, no meio e no fim do perÃodo seco, de preferência. É importante que o protocolo de controle encaixe com as realidades de manejo da propriedade."
De acordo com o especialista, em relação aos carrapatos, o ideal é fazer o controle no fim do inverno/do perÃodo seco, antes de iniciarmos as chuvas, de fato. Esse perÃodo pode coincidir com o inÃcio da estação de monta de algumas propriedades.
"Não podemos deixar de falar na resistência parasitária, por isso é importante o acompanhamento de um profissional e se possÃvel, realizar o biocarrapaticidograma para confirmar quais são os princÃpios ativos que possuem resistência e eficácia na propriedade" reforça.
O médico-veterinário recorda que, "existem diversos manejos importantes para se obter eficácia, como: Fazer a aplicação subcutânea corretamente, não permitir o refluxo na aplicação, seguir as recomendações de bula e não realizar subdosagem."